Descubra porquê um exame de câncer de mama pode salvar sua vida
- 5 de outubro de 2020
- Postado por: joaocunha
- Categoria Blog

O mês do outubro rosa é uma campanha feita anualmente e ganha destaque neste mês porque seu propósito está ligado a conscientização de realizar o exame precoce para identificar o câncer de mama e câncer de colo de útero nos seus estágios iniciais.
Este câncer é formado através de um tumor maligno que ataca o tecido mamário, surge a partir da multiplicação de células anormais que geram um nódulo próximo ao peito e se multiplica atacando o restante do corpo.
Continue lendo para descobrir como são feitos os exames, identificação do nódulo, o que é verdade e o que é mito, sintomas e as conquistas, evoluções desta caminhada que continua salvando milhares de vidas das mulheres ao longo dos anos.[/vc_column_text]
Direitos já conquistados
E estas conquistas são exclusivas dos direitos que as mulheres têm e precisam continuar levantando esta pauta e debatendo sobre para que todas tenham atendimento médico e suporte emocional de qualidade.
Porque infelizmente ainda no Brasil, em regiões remotas ou até mesmo de baixa renda essa informação e atendimento não chega.
Segundo Instituto Nacional do Câncer 81% das mulheres que fizeram a mamografia em 2014 tem ensino superior contra 51% que não possui ensino superior ou tem o ensino fundamental incompleto.
Por isso é tão importante que a mamografia seja encorajada. O câncer é assintomático, isto é, ele não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Logo a recomendação é apalpar as regiões da mama e axilas em busca de nódulos. A mamografia ajuda a identificar e aumenta as chances de cura em 95% quando é identificado logo no começo.
Histórico
A história do outubro rosa começou em 1990 na cidade de Nova Iorque quando a Instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation criou a “Corrida Pela Cura” onde todos os anos mulheres corriam como forma de manifestação à ação de despertar para a conscientização do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Firmou-se no Brasil em 2002 através da primeira ação de conscientização em São Paulo, no parque Ibiapuera. O Obelisco ao Soldado Constitucionalista foi iluminado com as cores rosa em homenagem.
18 anos depois da “Corrida pela Cura” de Nova Iorque, em 2008 que as organizações privadas e empresas do Brasil se juntaram cada vez mas nessa luta contra o câncer de mama, realizando campanhas online e nas mídias para promover informação e exames.
A idade com maior probabilidade de contrair Câncer de Mama é a partir dos 50 anos conforme o INCA informa: 4 a cada 5 novos casos ocorrem após os 50 anos. A boa notícia é que hoje qualquer mulher pode receber o tratamento completo através do SUS.
Veja o resumo da história do câncer de mama:
1913: Início da radiografia das mamas
1970: Criação do mamógrafo
1973: Criação do Programa Nacional de Controle de Câncer (PNCC)
1976: Foi concedido ao mamógrafo o principal método de escolha para realizar exames
1987: Lançamento da Pro-Onco, programa de informação e prevenção dos cânceres femininos
1990: Nasce o Viva Mulher, organização semelhante ao Pro-Onco
Mitos e Verdades sobre o Câncer de Mama
“Faço o autoexame, apalpando meus seios em busca de caroços. Não preciso de outros exames.”
Mito: O autoexame das mamas é uma prática positiva, que deve ser estimulada. Contudo, ele não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura. De acordo com a recomendação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para obter um diagnóstico precoce é preciso consultar um médico, realizar exame clínico de mama e fazer a mamografia.
“Praticar uma atividade física ajuda na prevenção.”
Verdade: Cerca de 30 minutos diários de caminhada são suficientes. E a atividade traz benefícios extras: mantém os ossos fortes e a cabeça tranquila.
“Próteses de silicone podem causar câncer.”
Mito: Não há relação entre câncer de mama e próteses de silicone. O único problema é que o implante pode dificultar o diagnóstico de tumores.
“Amamentar protege contra o câncer de mama”
Verdade: Especialmente se a gestação for antes dos 30 anos de idade. Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno.
“Não tenho histórico familiar. Nunca terei tumores nos seios.”
Mito: Nenhuma mulher está imune ao câncer de mama. O risco básico de qualquer uma de nós desenvolver esse tipo de tumor é de 12%, mesmo sem casos na família. Uma em cada oito brasileiras de até 70 anos vai ter a doença.
“Câncer de mama tem cura.”
Verdade: Aqui muitos fatores devem ser considerados. Um dos mais importantes é o diagnóstico precoce. Quanto menor a lesão identificada, maior a chance de cura. Entretanto, há diferenças entre os tipos de tumor. Cada paciente é única.
Também é fundamental destacar, que mesmo para os casos sem cura, os saltos da oncologia e o leque de opções terapêuticas, com medicamentos e tecnologias modernas, permitem o controle da doença e resultam em qualidade de vida.
“Desodorante pode causar câncer de mama”
Mito: Tudo indica que essa história começou por causa da presença de sais de alumínio nas formulações dos antitranspirantes – produtos que inibem a transpiração. Mas a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – assegura que não existe relação entre a substância e o tumor.
Parte dessa crença também se deve ao fato de que os desodorantes são aplicados na axila, região próxima ao tecido mamário. Mas não há dados na literatura científica que comprovem o elo, assegura a médica. O mesmo vale para as hastes de metal que sustentam o bojo de alguns sutiãs. Não existe qualquer relação.
“Fazer mamografia todos os anos é necessário para detectar tumores.”
Verdade: A mamografia é a principal forma de diagnóstico precoce da doença. Quem tem histórico familiar deve fazer o exame a partir dos 25 anos. As demais, após os 40. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.
Sinais e Fatores Influenciadores: tem como saber a possibilidade de desenvolver um câncer de mama?
Os fatores que influenciam a aparição do câncer podem ser hereditários ou adquiridos. Sendo os adquiridos: ambientais e comportamentais, histórico reprodutivo e hormonal e os hereditários envolvem: genética, como por exemplo, casos de câncer na família.
Os dados do INCA apontam que em 2018 foram 17.763 mortes por câncer de mama no Brasil e em 2020 já existem 66.280 novos casos da doença.
Os principais sinais para identificar são:
- Nódulo mamário endurecido, fixo e pode ser indolor;
- Partes da mama endurecida;
- Mudança na pele (fica parecendo uma casca de laranja);
- Saída inesperada de líquido do mamilo;
- Vermelhidão ou mudança na posição ou formato do mamilo;
- Nódulo no pescoço ou nas axilas.
Lembrando que a identificação destes sinais não substituem o exame e a correta análise com um profissional médico.
Como é o Exame de Câncer de Mama?
Existem alguns tipos de exame para identificação do câncer. Os principais são:
Exame clínico: palpação do médico ou enfermeira para encontrar tumores superficiais.
Ultrassonografia: diferencia os nódulo das costas. Faz o diagnóstico de lesões para poder gerar a biópsia com agulhas.
Ressonância nuclear magnética: não envolve radiação e fornece imagens do corpo humano.
Conclusão
Ainda existem mulheres que não sabem da seriedade que é diagnosticar e fazer os exames para tratar esta doença antes que se espalhe por todo o corpo.
Por isso compartilhe este post com quem você conhece, afinal, um exame pode salvar uma vida. Contamos com você!
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Fonte de pesquisa e dados: Instituto Nacional do Câncer e Governo Federal